Qualidade de vida
No campo da saúde esse conceito é recente e ainda está em fase de clarificação, aceitação e integração, por isso, é frequente encontrar diversas conceitualizações conforme a interpretação que cada investigador fornece ao conceito. Quando a qualidade de vida é definida a partirdos aspectos relacionados à saúde, são feitas algumas definições que incluem conceitos como bem-estar, satisfação, felicidade, expectativas ou funcionalidade. Desta forma fica claro que o conceito de qualidade de vida é multidimensional e incorpora a percepção do indivíduo sobre diversos aspetos da vida (Mendes, 2005).
Há uma forte correlação entre saúde e qualidade de vida, relacionando-se a saúde com o impacto da doença na saúde física, mas também nos aspectos emocionais, sociais e ocupacionais do indivíduo, bem como na capacidade deste adaptar-se à doença.
A saúde e o bem estar dos indivíduos com EM podem sofrer forte impacto pela doença e/ou efeitos co-laterais de medicamentos, com interferência significativa na QV de seus portadores. O conceito de QV refere-se a indicadores objetivos e subjetivos de felicidade e de satisfação, bem como fatores ambientais que podem influenciar o bem-estar. Em adição, a fadiga constante pelos portadores de EM é a principal queixa por parte destes doentes, que condiciona de uma certa forma significativa a qualidade de vida destes doentes.
Há também evidências de que o funcionamento cognitivo nestes pacientes pode realmente influenciar a QV. Estudos constataram que estes indivíduos que apresentam prejuízo cognitivo possuem resultados significativamente piores do que aqueles com o cognitivo preservado,sendo justificado pelo menor envolvimento em atividades sociais e não profissionais, pela maior disfunção sexual, menor probabilidade de serem assalariados, maior dificuldade em executar atividades domésticas, e por apresentarem mais psicopatologias do que aqueles identificados como cognitivamente intactos. Logo os fatores cognitivos (como memória e atenção) estão significativamente relacionadas com a adaptação psicossocial (Ricardo Neto 2011).
destes indivíduos.
Em suma, de uma forma geral a qualidade de vida das pessoas com EM carateríza-se por difíciel e má.
Referências Bibliográficas:
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Neto, R. R. (2011). Qualidade de vida em doentes com esclerose múltipla, Porto. Retrieved from: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2509/1/T_17232.pdf
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Mendes MF, Tilbery CP, Felipe E. Fadiga e esclerose múltipla: Estudo preliminar de 15 casos através de escalas de auto avaliação. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(2b):467-70.