Hereditariedade

    A EM não é considerada uma doença hereditária, apenas parcialmente. No entanto, tem-se verificado que algumas variações genéticas aumentam o risco de vir a desenvolver a doença. Existem muitos fatores complexos que colaboram para o desenvolvimento da EM, e a sua importância relativa e as interações não são conhecidos.

 

    O risco de contrair EM é superior nos familiares de um indivíduo com a doença do que na população em geral, em particular entre irmãos ou entre pais e filhos. Alguns especialistas dizem que é até oitenta vezes mais comum em parentes de primeiro grau, como irmãos e irmãs ou filhos de uma pessoa com EM. Por exemplo, os gémeos monozigóticos correm cerca de 300 vezes mais o risco em relação a outras pessoas de obter EM se o outro gémeo tiver a doença. Nestes casos, a concordância ocorre em 35% dos casos, enquanto que entre irmãos é de apenas 5%, e é ainda menor no caso de meios-irmãos. No entanto, é uma doença muito rara, de modo que o risco de ter EM, mesmo com um familiar próximo, é ainda inferior a 5%.

 

    Isto demonstra que a suscetibilidade à doença é de alguma forma e em parte poligénica, e parece ainda ser mais vulgar em certos grupos étnicos do que outros.