Projeções futuras da EM

Novo tratamento descoberto para a esclerose múltipla

   

    Foi descoberto um novo tratamento clínico que demonstrou ser eficaz no combate à EM, pois reduz o agravamento e as recaídas desta doença.

    Segundo o estudo pulicado no  New England Journal of Medicine, liderado por Gavin Gionannoni,  trata-se do Cladribine, o primeiro tratamento experimental que pode ser administrado por via oral para combater esta doença neurológica crónica, em que a causa é ainda desconhecida. Este medicamento desenvolvido pelo grupo farmacêutico Merck Serono neutraliza o sistema imunitário, impedindo assim que este ataque o SNC.

    Ao longo de dois anos 1326 pacientes foram acompanhados neste estudo clínico, tendo sido sujeitos também a ressonâncias magnéticas. Os investigadores verificaram assim que com a administração do Cladribine, os efeitos colaterais causados pelas atuais terapias foram eliminados.

    Deste modo, é suficiente tomar os comprimidos num período de oito a dez dias por ano, evitando-se assim as injeções intravenosas às quais são submetidos atualmente os pacientes ao longo de todo o ano.

    Os participantes do ensaio clínico que tomaram Cladribine tiveram menos 55 por cento de risco de recaída e menos 30 por cento de probabilidades de que a sua condição se agravasse do que o grupo tratado com placebos, fármacos inertes.

 

"A chegada do Cladribine, que não produz efeitos colaterais a curto prazo e é muito fácil de tomar, terá um importante impacto sobre o tratamento da esclerose em placas", afirma Gavin Giovannoni, da London School of Medicine and Dentistry, principal autor da investigação.