Como lidar com a fadiga?

    A fatiga é um dos muitos efeitos que a esclerose múltipla causa, contudo é a fadiga o efeito desta doença degenerativa que os doentes mais se queixam, o efeito que mais se faz sentir em relação a esta doença

 

Como lidar com a Fadiga?

    A fatiga pode ser definida como um sentimento avassalador de cansaço, falta de energia ou sentimento de exaustão. A fadiga surge mais frequentemente na segunda metade do dia, tendo elevado impato nas atividades de vida diárias, interferindo a nível profissional, familiar e social. A fadiga pode anteceder um surto ou pode ser crónica, constantemente presente ao longo da doença ( Mendes, 2007).

 

No campo da psicologia póde-se atuar das seguintes maneiras:

  • Terapia comportamental: designa uma série de abordagens psicoterapêuticas que se baseiam no conhecimento teórico do behaviorismo. De acordo com a abrangência com que é usado, o termo pode, assim, designar:

                  a) a terapia cognitivo-comportamental, também chamada de segunda geração da terapia comportamental, que se baseia tanto na terapia comportamental clássica como na terapia cognitiva.

                  b) certas correntes cognitivo-comportamentais mais recentes - ditas analítico-comportamentais - que se distanciam do cognitivismo e realçam a importância dos conceitos do behaviorismo mesmo nos processos cognitivos. Essas escolas recentes são muitas vezes chamadas de terceira geração da terapia comportamental.

 

  • Programas de reabilitação para adultos com EM:  é um processo de consolidação de objetivos terapêuticos, não caracterizando área de exclusividade profissional e sim uma proposta de atuação multiprofissional voltada para a recuperação e o bem-estar biopsicossocial do indivíduo, onde a cada profissional componente da equipe deve ser garantida a dignidade e autonomia técnica no seu campo específico de atuação, observados os preceitos legais do seu exercício profissional. Estes programas fazem os individuos portadores de EM compreenderem melhor esta doença, o que posteriormente promove a sua independencia.

 

  • Aplicações especiais do Biofeedback: Instrumentos especializados para o biofeedback têm sido desenvolvidos com o objetivo de facilitar a auto-regulação em uma variedade de distúrbios orgânicos, podendo então ocorreu uma redução nos efeitos da esclerose múltipla como a fadiga e a micção frequente. Adultos que participam do treinamento em biofeedback e terapia, frequentemente, obtém redução significativa dos sintomas e  tornam-se aptos a reduzir ou eliminar medicamentos enquanto vivenciam uma sensação renovada de bem estar físico e mental.

 
  1. Neurofeedback: utiliza métodos de eletroencefalografia, exibidos em tempo real, com o intuito de controlar a atividade so SNC.

                       Eletroencefalógrafo (EEG): recolhe informação do feedback da onda cerebral, monitoriza e visa controlar a atividade das ondas cerebrais a partir de sensores colocados no coro cabeludo, logo é uma tecnologia importante para doentes com EM, pois como o problema situa-se na bainha de mielina, na propagação do impulso nervoso, este instrumento pode melhorar esta propagação do impulso nervoso, reduzindo então, os sintomas das pessoas que sofrem EM.

 

                     "O Neurofeedback deixa as pessoas mais satisfeitas, com mais energia" (Margraf et al., 1991).

 

                    " O Neurofeedback é um ótimo método para diagnosticar e tratar pessoas com sintomas de fadiga" ( James L.C., 1996).

 

                   " Através do EEG os pacientes benificiam de uma melhoria a nível da fadiga, e mais importante ainda é que essas mudanças se mantêm nos meses que se seguem" ( Hammond D.C., 2001).

 

Referências Bibliográficas:

 

  • Mendes MF, Tilbery CP, Felipe E. Fadiga e esclerose múltipla: Es­tudo preliminar de 15 casos através de escalas de auto avaliação. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(2b):467-70.